PLANTAS E SUAS APLICAÇÕES.
A
manutenção da saúde através das ervas medicinais tem sido objeto de diversas
pesquisas, é matéria de estudos médicos e assunto de interesse específico de
cientistas, especialistas e leigos.
O
ponto de partida de muitos estudos é o conhecimento popular acerca dos
potenciais das plantas, e essa sabedoria assim se desdobra:
1
– Conhecimento acerca das origens dos males que afetam o corpo humano
2
– Conhecimentos das funções orgânicas do corpo
3
– Observações minuciosas das diferentes reações do organismo ao consumo de cada
planta
4
– Técnicas de preparo e de armazenagem dos remédios naturais
5
– Correlações precisam entre as necessidades do corpo e os potenciais das
plantas
Tal
conhecimento, decorrente da observação cotidiana, é vasto, milenar e por muito
tempo não possuiu registros escritos ou foi objeto de pesquisas direcionadas,
devendo sua divulgação principalmente às tradições orais populares.
Seus
objetivos são o bem-estar do corpo e a manutenção e a recuperação da saúde.
Para aprender a utilizar as ervas medicinais antes de tudo, é necessário conhecer um pouco o próprio organismo e as funções exercidas por ele para seu próprio sustento.
Para aprender a utilizar as ervas medicinais antes de tudo, é necessário conhecer um pouco o próprio organismo e as funções exercidas por ele para seu próprio sustento.
FUNÇÕES
ORGÂNICAS
As plantas medicinais contêm substâncias
bio-ativas com propriedades terapêuticas, profiláticas ou poliativas. Muitas
destas plantas são venenosas ou pelo menos levemente tóxicas, devendo ser
usadas em doses muito pequenas para terem o efeito desejado. As plantas
medicinais são utilizadas pela medicina atual (fitoterapia) e suas propriedades
são estudadas nos laboratórios com objetivo de isolar as substâncias que lhes
conferem propriedades medicinais (princípio ativo) e assim, produzir novos
fármacos.
O
organismo é autônomo e sua vida se mantém graças aos processos orgânicos que
exerce, as ervas medicinais operam como reguladoras desses processos.
Para
efeitos didáticos, cada uma das funções foi classificada de acordo com seus
procedimentos e caracterizada por um sistema, ainda que todas operem de modo
complementar.
Assim,
cada sistema é um conjunto de tecidos, órgãos e glândulas trabalhando
harmonicamente no desempenho de uma função específica.
PRINCÍPIOS ATIVOS
Assim
como os hormônios e os neurotransmissores somente funcionam ao encontrar seus
exatos receptores, também cada erva possui substâncias que somente produzem
efeitos sobre determinadas células. Sua atuação pode ocorrer tanto estimulando
quanto reprimindo processos orgânicos.
Quando
um composto prepondera sobre os demais e confere à planta sua principal função
medicinal ele é chamado princípio ativo.
Os
princípios ativos podem ser: alcaloides,
bioflavonóides, glicosídeos cardiotônicos, mucilagens, óleos essenciais
s e taninos.
Os
princípios ativos estão presentes, mas sua distribuição pelas partes da planta
é desigual e, não raro, encontram-se vegetais com diferentes princípios ativos
nas folhas, frutos e raízes. Nem sempre a atuação dessas substâncias opera-se
sob a sua forma natural; por vezes, para incrementar a sua ação, partes
específicas da erva devem ter um processamento especial: aquecimento, fervura
em água ou álcool, fermentação, infusão com outros ingredientes vegetais,
maceração com alcoóis, pulverização e mistura a água ou leite, inalação dos
óleos ou massagem com os mesmos.
É
muito comum ter-se várias ervas relacionada com uma mesma função orgânica, por
isso, em caso de tratamentos ou prevenções, para conseguir uma diversidade de
benefícios, alterne o consumo de cada planta.
Deve
ser anotado que os princípios ativos podem sofrer alterações em sua
concentração ou podem mesmo ser degenerados em virtude de estiagens, períodos
chuvosos, calor excessivo, frio intenso, luz ou escuridão.